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1. |
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Anseio por cinzas, por ventres imaculados que se envenenam a cada dia.
Libere as mentiras estagnadas no sangue para o fim da falsa liberdade.
Veneno para suas veias, morte para sua boca, marcando seu corpo com carnificina, onde sua queda será sua crença. Saborear a forma como seus olhos adoecem.
Seja a voz que nunca gritara, assim, apodrecendo na terra dos vivos. Queime criança.
Destruição é nossa arte mais sublime. Liberte o ódio. Sem limites. Que o reino caia.
Corrompendo os olhos desabrigados da compaixão, para que reinem em seus impérios insignificantes.
O sol se vai e com ele a morte chega.
Ofegante coração afogado na dominante "liberdade", que trilha rumo a um Sol já sem nascente.
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2. |
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Morte. Sentimentos que nunca queimam fazem sempre uma nova cicatriz.
Seja mais um dizimado pela industria, seja a beleza de hoje e o esquecimento de amanha.
Cultive. Recolha os frutos. Enterre. Plastifique seu sorriso.
Celebram o passado. Mutilam seus sonhos. Para que seu sorriso saia perfeito.
Corações enclausurados através de memórias condicionadas a alimentar o ódio. E ensinar que a dor é uma dádiva para o corpo.
E através dessa troca de pele, sombras ganham vida através de um rosto, onde alguns dizem que o fim se aproxima, onde não há um Deus.
Através dos olhos de um anjo há uma metamorfose, um resíduo umbilical que nos une, tão vulnerável quanto meu corpo, tão vago quanto esse caminho.
Meus olhos, sua visão. Minha boca, sua fala. Meu corpo, sua morte.
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3. |
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Consumindo a pura beleza perdida na dor dos deuses, entre corações em chamas e lágrimas prometidas na noite negra dos amantes.
Liberar os corpos mortos do coração desta terra e alimentar a doce inveja, para que floresça entre os poetas a mais bela morte.
Semear a ruína entre a paixão e a esperança, escravizando assim a possibilidade de sorrir e sentir a vida ou a morte.
Dar caprichos a sonhos e luxurias para enchê-los de falsas canções a espera da destruição da felicidade, entre os consumidores do amor.
Clamar para que mintam aos olhos patéticos e seus corações roubados pela traição, desejando a cada beijo, a ilusão de ter o que se deseja.
E por fim...
Alimentar o ódio ao império dos sonhadores, acrescentando egoísmo em suas veias, abençoando assim a falsa criação...criando assim: o homem.
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4. |
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Queime sua casa, sua alma, beije minhas feridas.
Beba minhas lágrimas, devore meu céu azul e suculento.
Com meu sangue escrevo as palavras que guiarão meu amanhã e com ele volto às cinzas.
Sem um sorriso, sem um lar.
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5. |
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O mundo novo vaza ao horizonte.
Corpo faminto que nasce na morte, a vida para a recarga.
Chave oferece primavera calorosa.
Céu amargo em meio a punição do fazer.
A razão já não é mais tão adocicada quanto as
cores açucaradas.
E aqui estamos em seu ventre, alimentados por todas as cores.
Trilhe as palavras. punir as cicatrizes até a graça
da "certeza".
Encontros entre eus o tempo todo, assim como a perca
entre os mesmos, em cada peito, em cada fala.
Basta ser tudo, para ser nada.
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